domingo, 11 de setembro de 2016

Fé, é a palavra certa.


Em meio ao caos do coração, em meio aos gritos de uma multidão de vozes no fundo da cabeça, sobre os erros e acertos de uma vida inteira sobre amor, ela continuava ali. Quieta, sorrateira, transparecendo sossego e confiança nos olhos. Fé, é a palavra certa. Desceu a rua, dobrou a primeira esquina, sentiu o vento frio balançar seus cabelos e se abraçou, como num pedido de calma, como num resgate de sua alma, perdida em qualquer lugar longe dali. Não havia felicidade em seu rosto, mas havia paz. Dentre todas as coisas almejadas pelo homem, a paz interior, talvez, seja a mais difícil de se conquistar, e ela a esbanjava ali, em olhares cheios de sutileza e doçura. Nada parecia certo, a vida exibia uma bagunça insensata e dolorosa. Porém, quando se doa todos os sentimentos a alguém, tudo que sobra é a leveza de viver bem consigo mesmo e a certeza de ter dado o seu melhor.
nb.