quinta-feira, 6 de julho de 2017

Medo de relacionamento




Está mais que difícil encontrar hoje pessoas com coragem suficiente pra arriscar um relacionamento com alguém. O medo toma conta da pessoa por achar que alguma outra história que não deu certo vá se repetir. Isso é frustrante pra quem está na espera da pessoa decidir.
Com esse trauma do namoro anterior que não deu certo a pessoa cria um barreira que a impede de fazer o que, às vezes, quer. O medo se manifesta toda vez que algo está indo bem e aparece a oportunidade de um compromisso sério. Vá com cuidado, mas nunca fique parada.
As pessoas devem procurar conhecer as suas incertezas e inseguranças pra poder driblar esse medo. Evite prever as coisas, criar expectativas em cima de algo que você não sabe como vai ser ou imaginar o quanto pode ser complicado. Se entregue à relação. Não procure defeitos, e não deixe que seu medo seja maior que a sua vontade de viver aquilo.
Em uma relação, o pior medo não é o de ser traído. Nem o de perder a pessoa. O pior medo é o que te impede de tentar uma relação com alguém, porque na sua cabeça não vai dar certo. Esse medo não mata, mas também não te deixa viver. Ele te prende numa possibilidade de algo que pode nem acontecer, e pode estar te impedindo de ser feliz. 
O que você deve fazer e o que você quer fazer são coisas distintas. O que você deve fazer é esperar, já o que você quer fazer é arriscar. O que separa essas duas coisas é o medo. É comum ter receio. Você até pode questionar como se sentirá daqui há um ano, mas você não sabe. Então, por que não arriscar algo hoje pra não se arrepender amanhã? 

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Porque, afinal, ninguém tem culpa se a tristeza é tão ruim, ninguém é culpado e nem precisa ser conivente de uma dor tão horrível e sem cor.

"Nós somos orgulhosos da essência aos pés, da alma ao exterior, do que acabou ao que se perdurou. Porque nós somos tolos o bastante para não sermos coniventes com o que causamos. Porque tirar o nosso da reta é fundamental, afinal, a tristeza vai ser menor, a dor será um pouco mais rala, a saudade não vai bater tanto, e o amor? Ah, esse morre, esse é o culpado. Porque a gente nega e foge da tristeza mesmo no inconsciente, mesmo no desconhecido, mesmo no silêncio, mesmo no que não foi descoberto. Porque aceitar o que houve é duro demais, é tortura demais, é loucura demais, é inalcançável. Porque se entregar à derrota é fraqueza demais, é covardia demais, é triste demais. Porque admitir que errou é estúpido demais, podem não descobrir, mas colocar tudo debaixo do tapete é mais fácil do que deixar ser. Porque dar o braço a torcer é menos provável do que ser verdadeiro consigo mesmo. Porque, afinal, ninguém tem culpa se a tristeza é tão ruim, ninguém é culpado e nem precisa ser conivente de uma dor tão horrível e sem cor. Porque, mesmo inconscientes, a culpa nunca é nossa. É sempre do amor! Porque se entregar à realidade é mais doloroso do que viver numa bolha repleta de certeza e ignorância. Mas a culpa não é nossa por ser assim, é da vida! Porque construir uma barreira é mais fácil do que construir uma relação nova, um amor novo, uma chance nova, uma permissão de viver de novo. Porque investir no certo é mais difícil, é mais sufocante. E eu não sei se existe gente oposta a essa ideia, mas se existe, benditos são. Benditos são os que conseguem levar a vida com leveza o suficiente e aceitar que não deu certo porque são coisas da vida. Que o amor não se perdurou porque também acontece, e que logo logo terá outro de novo. Benditos são os que conseguem uma vida plena e calma sem muito esforço ou preocupação, que não colocam peso nos outros e carregam consigo mesmo o peso da própria existência. Benditos são os sozinhos e os reprimidos felizes, que encontram uma brecha mesmo sem uma luz para dar sinal. Benditos são os que têm tristeza, mas que, mesmo assim, são felizes o suficientes para nos alegrar também. Benditos são os que nos fazem esquecer da realidade e imaginar um sonho tão bom, mas tão bom, que dá vontade de viver de novo, de novo e de novo. Benditos são os que veem alegria por onde passam e por toda a trajetória mundana. Benditos são os que conseguem ser tão e somente leves e suaves como uma pena. Benditos são os que vivem de acordo, e que no final, morrem porque sabem que viveram bem o bastante e que fizeram a sua parte no decorrer da vida. Que passaram momentos bons, ruins e de loucura. Benditos são os que não precisam se apoiar em ninguém, colocar a culpa no outro, no amor, em qualquer coisa que não tenha direito a resposta ou a julgamento. Bendito são os que aceitam o que a vida lhe impôs, e vive a tristeza, e aceita o poço, e vive na fossa, e ainda assim, consegue tirar um pouco de nobreza e felicidade. Benditos são os que vivem não tão corretamente assim, mas vivem com um ar de flor, de simplicidade, de necessário. Benditos são os que aceitam a morte como algo determinado, óbvio, mas que vivem o luto de perder alguém nesse mundo mais ou menos. Benditos são os que voam sem asa, mas que voltam ao chão porque sabem que não tem lugar melhor do que o abraço de quem se ama. Porque o amor é só um sentimento, livre de julgamento ou condenação. Porque o amor é pra ser sentido, não banido ou executado. Porque o que acontece em nossas vidas é tão e, somente, consequências das nossas próprias atitudes humanas - algumas nem tão humanas assim. Ninguém precisa ser conivente com o meu jogo de ideias, mas a culpa não é minha. É toda sua!"
— Alugue Felicidade.