A vida não é um tipo de competição onde somos desvalorizados dependendo da quantidade de mg que necessitamos para enfrentarmos nossas batalhas, ou para nos mantermos firmes em meio aos naufrágios. A nossa importância não é algo que é desvalorizada por nossos tropeços, nossos erros ou por não sabermos lidar tão bem com nossos monstros. Mas muitas vezes é assim que me sinto. Sinto a anulação correndo sobre mim, seja através da minha própria auto cobrança ou a cobrança de terceiros. Comentários maldosos, achismos e opiniões que doem. Não dizem que quando machuca o outro é a hora de parar essas "brincadeiras"? Pois é, mas parece que ninguém escuta, né? Ou será que sou eu que quero gritar para o mundo que doí e ninguém me escuta? Difícil. É muito banho de terapia, autoconhecimento e acolhimento de sentimentos para se manter com a saúde mental em dia. Não é fácil para ninguém, cada um tem suas batalhas internas e isso já foi digo mil vezes por aí, mas é necessário falar sempre. Por muito tempo eu achei que falar me faria parecer errada, reclamando demais, mas nenhuma dor é insignificante, se te machuca é importante dizer, resolver. Você pode ser a pessoa mais forte do mundo, mas ninguém é tão forte a ponto de segurar os problemas todos para si, nossa mente engana e nos trapaceia, por isso, se cuide, se entenda e mesmo quando não entender, perceba que está na hora de pedir ajuda.
Você é Maior Que Tua Dor - Escrito por Paula, Marcela e Aline em Julietário.
