Ele: | Oi. |
Ela: | Oi. |
Ele: | Posso sentar aqui? |
Ela: | A praça não é minha. A vida é tua. |
Ele se senta. | |
Ele: | Dia díficil, é? |
Ela: | Talvez. |
Ele: | Como? |
Ela: | Talvez. |
Ele: | Não. Digo, como assim? Talvez? |
Ela: | Gosto dessa palavra. Uso quando não quero responder ao que perguntaram. |
Ele: | Ah. |
Ela deu um sorriso sarcástico. | |
Ele: | Aposto que se eu fosse ele, sorriria pra mim. |
Ela: | Ele quem? |
Ele: | O cara que você ama. |
Ela: | Não amo um cara. |
Ele: | Eu sei que ama. Eu te entendo. |
Ela: | Hum. Sofre também? |
Ele: | O que? |
Ela: | Digo, sofre por amor também? Que nem eu? |
Ele: | Não...Por amor não. Pela falta dele, talvez. |
Ela: | Talvez? |
Ele: | É. Gosto dessa palavra. Uso quando não quero aceitar os fatos. Aprendi com uma menina a uns minutos atrás. Ela tem um sorriso lindo. |
Ela: | Como sabe do sorriso dela? Ela nem sorriu. |
Ele: | Eu aposto nisso. Ela ainda vai sorrir pra mim. |
Ela: | Acho díficil, ela tá tendo um dia díficil. |
Ele: | Eu não. |
Ela: | Ah, então ela te desafia. |
Ele: | E eu desafio ela a começar tudo de novo. |
Ela olha pra baixo. | |
Ele: | Oi, posso sentar aqui? |
Ela sorriu. | |
Ele: | Viu, eu disse. |
Ela: | O que? |
Ele: | Que você tinha um sorriso lindo. |
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Fumando um cigarro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário